sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

DESCRIÇÃO DAS INVASÕES BÁRBARAS:

As Invasões Bárbaras, foram um dos fatores que influenciaram a crise do Império Romano. 
A desordem política e a disseminação do cristianismo foram dois fatores que, somados às Invasões Bárbaras, foram responsáveis pela crise do Império Romano. Esse processo de ocupação foi realizado pelos bárbaros, povos que eram assim chamados pelos romanos por viverem fora dos territórios do Império e não falarem latim. Foi com a introdução das tradições dos bárbaros, também chamados germânicos, que o mundo feudal ganhou suas primeiras feições. povos bárbaros foram penetrando os territórios de Roma num processo lento e gradual. Inicialmente, dado o colapso da estrutura militar e as constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros ganharam o direito de habitar essas regiões. Em troca, eles defendiam a fronteira da invasão de outros povos. Esses primeiros bárbaros, incorporados ao mundo romano, ficaram conhecidos como federados. Somente nos séculos IV e V o processo da invasão ganhou feições mais conflituosas. Com a pressão exercida pelos tártaro-mongóis (hunos), os povos bárbaros começaram a intensificar o processo de invasão do Império Romano. Entre os principais povos responsáveis pela fragmentação do Império podemos destacar os visigodos, ostrogodos, , francos, suevos e turíngios. Com a invasão dos hérulos, em 476, houve a deposição do último imperador romano, Rômulo Augusto, que já tinha descendência germânica.
O processo das invasões bárbaras foi de grande importância para que o Império Romano e seu conjunto de valores e tradições passassem por um processo de junção com a cultura germânica. Dessa maneira, a Idade Média, além de ser inaugurada pelo estabelecimento dos reinos bárbaros, também ficou marcada pela mistura de instituições e costumes de origem romana e germânica.





QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO:

https://www.youtube.com/watch?v=GczMbqhnjt8

REGRA DE SÃO BENTO DE NÚRSIA:

Regra de São Bento (em latim, Regula Benedicti ou RB), escrita por Bento da Núrsia no século VI, é um conjunto de preceitos destinados a regular a vivência de uma comunidade monástica cristã, regida por um abade. Inúmeras regras começou a ter sucesso sobretudo a partir do século VIII, quando os Carolíngios ordenaram que fosse a única regra monástica autorizada nos seus territórios - e a partir daí, esse preceito estendeu-se ao resto da Europa, sobretudo com o advento da reforma gregoriana. Foi também adoptada, com igual sucesso, pelas comunidades regrantes femininas. Pode-se dizer que a regra tem sido um guia, ao longo da sua existência, para todas as comunidades cristãs da Cristandade Católica e, desde a Reforma Protestante também aplicável às tradições Anglicana e Protestante.
O espírito da Regra de São Bento resume-se em dois pontos: o lema da Ordem de São Bento (pax - paz), que nasceria séculos mais tarde, como resultado da agremiação de vários mosteiros que partilhavam a mesma regra; e ainda o tradicional ora et labora («reza e trabalha»), súmula da vida que cada monge deve levar.

VIDA NOS MOSTEIROS:


Nos mosteiros beneditinos de toda a Europa medieval, os monges eram sacrificados em levantarem-se do conforto dos seus colchões de palha e ásperos cobertores pelos sineiros, que os despertavam às 2 horas da madrugada. De seguida, dirigiam-se apressadamente, ao longo dos frios corredores de pedra, para o primeiro dos seis serviços diários na enorme igreja (havia uma em cada mosteiro), cujo altar, esplendoroso na sua ornamentação de ouro e prata, resplandecia à luz de centenas de velas. Esperava-os um dia igual a todos os outros, com uma rotina invariável de quatro horas de serviços religiosos, outras quatro de meditação individual e seis de trabalhos manuais nos campos ou nas oficinas. As horas de oração e de trabalho eram entremeadas com períodos de meditação; os monges deitavam-se geralmente pelas 6.30 horas da tarde. Durante o Verão era-lhes servida apenas uma refeição diária, sem carne; no Inverno, havia uma segunda refeição para os ajudar a resistir ao frio.


RECONSTRUÇÃO DE MOSTEIROS:

Mosteiro da Batalha

Mosteiro dos Jerónimos


VIDA QUOTIDIANA (ATIVIDADES DO MOSTEIRO)
Tal como a nobreza, o clero era um grupo social privilegiado, pois tinham grandes propriedades que lhe tinham sido doadas pelo rei e como tal não pagava impostos.
Tal como a nobreza, exercia a justiça e cobrava impostos a quem vivia nas suas terras.
O clero dividia-se em dois:
•      Clero secular: padres, bispos e cónegos que viviam junto da população nas aldeias ou cidades;
•      Clero regular: frades (ou monges) e freiras que viviam nos mosteiros ou conventos.
A vida no mosteiro era dirigida pelo abade ou abadessa. Os monges dedicavam a sua vida a Deus e ao serviço religioso, meditavam, rezavam e cantavam cânticos religiosos.
Para além do serviço religioso, os monges também se dedicavam ao ensino. Durante muito tempo, o clero foi a única ordem social a saber ler e escrever. Fundaram-se algumas escolas junto aos mosteiros, os monges eram os professores e os alunos eram os futuros monges. Existiam ainda os monges copistas que dedicavam-se a copiar os livros mais importantes e ilustravam o texto com pinturas chamadas iluminuras.
Todos os mosteiros tinham enfermarias onde os doentes eram recolhidos e tratados pelos monges. Era também dada assistência aos peregrinos que se dirigiam aos santuários para cumprir promessas ou para rezar.
O clero dedicava-se também a agricultura. Produzia tudo o que precisava. Era desta forma    auto-suficiente.

PLANTA MODELO DE UM MOSTEIRO:

Planta modelo de um mosteiro ( Mosteiro da Batalha)

CATEDRAL DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Catedral de Santiago de Compostela é um templo católico situada na cidade de Santiago de Compostela, capital da Galiza, Espanha. Foi construída entre 1075 e 1128, em estilo românico, na época das cruzadas e durante a Reconquista Cristã, tendo sofrido depois várias reformas que lhe adicionaram elementos góticos, renascentistas e barrocos.
Segundo a tradição, acolhe o túmulo do apóstolo Santiago Maior, padroeiro e santo protetor de Espanha, o que a converteu no principal destino de peregrinação cristã na Europa a seguir a Roma durante a Idade Média, através do chamado Caminho de Santiago, uma rota iniciática na qual se seguia a Via Láctea que se estendia por toda a península Ibérica e Europa Ocidental. A peregrinação foi um fator determinante para a afirmação política dos reinos cristãos hispânicos medievais e na sua participação nos movimentos culturais da sua época. 
A catedral foi declarada Bem de Interesse Cultural em 1896 e a chamada cidade velha de Santiago de Compostela, que se concentra em torno da catedral, foi incluída na lista do Património Mundial da UNESCO em 1985.

CASTELO DE GUIMARÃES:

O Castelo de Guimarães localiza-se no topo rochoso da sagrada colina desta cidade minhota, sobranceiro ao Campo de S. Mamede. No século X, época em que as guerras da Reconquista atingiam o seu auge no Norte da Península, a condessa Mumadona Dias procedeu à construção de um castelo para defesa do seu mosteiro e da indefesa população das terras de Vimaranes.

Com a fundação do Condado Portucalense, D. Henrique e D. Teresa elegeram como sua residência o castelo da cidade-berço, melhorando e ampliando o seu perímetro defensivo - podendo datar deste período inicial do século XII a sua Torre de Menagem. De grande simplicidade geométrica, mas produzindo um belo efeito estético, a planta do castelo desenha, aproximadamente, um escudo facetado. Quatro robustas torres marcam os sólidos panos desta muralha aparelhada. As portas da cerca são ladeadas por volumosos torreões defensivos, mais expressivos no portal principal ocidental e na porta da traição, virada a Oriente. Um forte adarve, com lanços de escada nas zonas das torres, percorre a parte superior das muralhas, apresentando estas coroamento de muro com ameias pentagonais e de recorte pontiagudo.

Na parte norte da espessa muralha são visíveis as ruínas da antiga Alcáçova, residência do castelo, provavelmente do século XIV, que se divide em dois pisos, observando-se ainda as suas janelas exteriores e duas chaminés, de belo recorte e marcado sentido palaciano.

Uma ponte de madeira estabelece a ligação entre o adarve das muralhas e a volumosa e alta Torre de Menagem, implantada no interior do solo rochoso desta fortaleza medieval. De planta quadrangular, a Torre de Menagem é sólida e tem escassas aberturas marcando os vários andares, ligados internamente por escada de madeira e de pedra. Largo e contínuo adarve permite a circulação e a observação no topo da torre, sendo o seu coroamento realizado por ameias pentagonais pontiagudas.
D. Dinis procedeu ao amuralhamento de toda a zona inferior da povoação vimaranense, trabalho prosseguido por D. Fernando e derrubado, em parte, por D. João I. Esta muralha defensiva compreendia uma extensão de dois quilómetros, tendo ainda oito portas e igual número de torres. No século XIX, a maior parte da muralha foi desmontada e reaproveitada para outras obras públicas e particulares, escapando o castelo deste fatídico destino, por um escasso mas decisivo voto, numa eleição efetuada em 1836 no município vimaranense.O castelo de Guimarães integra o designado Centro Histórico de Guimarães, reconhecido como Património Mundial pela UNESCO em 2001.

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